quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Diário de Anne Frank


      Antes de tudo, desculpem-me por não ter entrado por tanto tempo, mas o final do ano sempre exige de mim...
      Agora sim, Anne Frank. A maioria das pessoas já ouviu falar dela, mas apenas pelo museu ou por filme, o livro que é bom, nada. Terminei já há um tempo de ler O Diário de Anne Frank, da Editora Bestbolso. O diário, como muitos pensam, não é apenas um documento histórico, é um livro mesmo, com começo, meio e fim.
      Lendo o diário de Anne, fiquei me perguntando como alguém de apenas 13 anos pode escrever tão bem. Anne não apenas fala de um dia daquele jeito monótono que as crianças costumam escrever quando ganham seu primeiro diário. Aquilo é uma verdadeira história, porque antes de tudo, ela foi vivida.
      Também fiquei me perguntando como alguém que escreve no meio a II Guerra Mundial, em plena década de 1940, tem pensamentos tão parecidos com os meus, que nasci no século 21. O jeito que Anne fala da sua família, seus desejos de ser escritora, seus livros, o modo como pensa de cada pessoa no anexo... Ela era muito moderna para alguém que nasceu na Alemanha Nazista.
       Falando um pouco de Anne, ela nasceu na Alemanha, mas bem jovem foi para a Holanda, perseguida por causa da sua religião. Aos 13 anos foi obrigada a ir, junto da família, para um esconderijo, o Anexo Secreto, como ela dizia. Lá Anne dividiu o espaço com o pai, a mãe, a irmã, mais a família Van Pels e Fritz Pfeffer. Durante todo esse tempo, ela dizia o que realmente sentia apenas para o seu diário. Resistiram até 1944. De todos os oito que estavam no Anexo, apenas o pai de Anne sobreviveu, Otto Frank, que espalhou a mensagem da filha e realizou seu sonho de se tornar escritora.
       Tanta desigualdade, desespero e desrespeito, nos faz pensar o quanto nós somos sortudos. Em algum dia ( que eu não me lembro qual foi ), Anne diz que mesmo depois que morrer, continuaria viva, e ela realmente continuou, e é o seu Diário que à mantém viva. Acho que nem mesmo um livro inteiro seria capaz de escrever tudo que penso sobre Anne Frank.
           "Riqueza, prestígio, tudo pode ser perdido. A felicidade em seu coração pode ser diminuída; mas estará sempre lá, enquanto você viver, para torná-lo feliz de novo"